Duilio Kuster Cid, da Folgazões, lança livro sobre período histórico do teatro capixaba
Fonte: http://www.eshoje.jor.br/_conteudo/2016/03/entretenimento/arte_e_cultura/38432-historiador-publica-livro-sobre-o-teatro-capixaba-e-a-ditadura-militar.html
Parece contraditório, mas na percepção de alguns artistas teatrais capixabas, os anos 70 representaram um período de destaque para o movimento teatral local, exatamente na época da ditadura militar. A curiosidade por entender esse fenômeno e explicar a quase inexpressão da arte no Estado fez com que o ator e historiador Duílio Henrique Kuster Cid se debruçasse sobre esse assunto na construção da sua dissertação de mestrado, defendida em 2013.
Agora, contemplado pelo Edital da Lei Rubem Braga, o resultado desse trabalho se transforma no livro “Revolução dos Caranguejos – o Teatro no Espírito Santo durante a Ditadura Militar”, que será lançado no próximo dia 12 de março (sábado), às 19h, na sede da Folgazões Artes Cênicas, no Centro de Vitória.
O nome da obra – a única disponível sobre o tema, o que tornou o estudo árduo, mas de grande relevância – é o título da peça escrita e dirigida por Antônio Carlos Neves, junto ao grupo Geração, em 1979. A montagem é considerada um marco do amadurecimento do teatro capixaba e remete a uma metáfora que sintetiza as políticas desenvolvidas para a arte no Espírito Santo durante a Ditadura Militar. “Se até 1977 aconteceu uma revolução na forma do Estado relacionar-se com a atividade, após esse ano, assim como o crustáceo, esse processo não foi para frente e, o que é pior, retrocedeu num momento em que o teatro capixaba principiava alcançar uma dimensão considerável. Esse descompasso talvez explique os rumos tomados na área nas décadas seguintes”, opina Duílio.
A pesquisa identificou três momentos distintos das ações empreendidas pelo Espírito Santo em prol do teatro: de 1964 a 1969, uma fase de ausência de qualquer política; de 1970 até 1977, período de muitas ações marcado pela criação da Fundação Cultural do Espírito Santo (FCES), reforma do Teatro Carlos Gomes, e realização do I Festival Capixaba de Teatro Amador e de cursos de formação dramática, entre outras; e de 1977 a 1980, momento de crise econômica e redução dos investimentos que culminou com a extinção da FCES.
Integram também o livro entrevistas com referências do teatro local, como Luiz Tadeu Teixeira, Paulo de Paula, Rômulo Musiello, José Augusto Loureiro, Renato Saudino e Sebastião Xoxô, este último falecido no ano passado, nas quais revelam bastidores e relembram fatos que ajudam a remontar a história do teatro no Espírito Santo.
O lançamento do livro “Revolução dos Caranguejos – o Teatro no Espírito Santo durante a Ditadura Militar”, da Editora Cândida, patrocinado pelo Banco Banestes e aberto ao público, contará com coquetel, apresentação de cantor Pedro Demóstenes Monteiro, e distribuição gratuita de exemplares autografados.
Agenda:
Lançamento do livro "Revolução dos Caranguejos – o Teatro no Espírito Santo durante a Ditadura Militar”
12 de março (sábado)
19 horas
Sede da Folgazões Artes Cênicas, no Centro de Vitória
Parece contraditório, mas na percepção de alguns artistas teatrais capixabas, os anos 70 representaram um período de destaque para o movimento teatral local, exatamente na época da ditadura militar. A curiosidade por entender esse fenômeno e explicar a quase inexpressão da arte no Estado fez com que o ator e historiador Duílio Henrique Kuster Cid se debruçasse sobre esse assunto na construção da sua dissertação de mestrado, defendida em 2013.
Agora, contemplado pelo Edital da Lei Rubem Braga, o resultado desse trabalho se transforma no livro “Revolução dos Caranguejos – o Teatro no Espírito Santo durante a Ditadura Militar”, que será lançado no próximo dia 12 de março (sábado), às 19h, na sede da Folgazões Artes Cênicas, no Centro de Vitória.
O nome da obra – a única disponível sobre o tema, o que tornou o estudo árduo, mas de grande relevância – é o título da peça escrita e dirigida por Antônio Carlos Neves, junto ao grupo Geração, em 1979. A montagem é considerada um marco do amadurecimento do teatro capixaba e remete a uma metáfora que sintetiza as políticas desenvolvidas para a arte no Espírito Santo durante a Ditadura Militar. “Se até 1977 aconteceu uma revolução na forma do Estado relacionar-se com a atividade, após esse ano, assim como o crustáceo, esse processo não foi para frente e, o que é pior, retrocedeu num momento em que o teatro capixaba principiava alcançar uma dimensão considerável. Esse descompasso talvez explique os rumos tomados na área nas décadas seguintes”, opina Duílio.
A pesquisa identificou três momentos distintos das ações empreendidas pelo Espírito Santo em prol do teatro: de 1964 a 1969, uma fase de ausência de qualquer política; de 1970 até 1977, período de muitas ações marcado pela criação da Fundação Cultural do Espírito Santo (FCES), reforma do Teatro Carlos Gomes, e realização do I Festival Capixaba de Teatro Amador e de cursos de formação dramática, entre outras; e de 1977 a 1980, momento de crise econômica e redução dos investimentos que culminou com a extinção da FCES.
Integram também o livro entrevistas com referências do teatro local, como Luiz Tadeu Teixeira, Paulo de Paula, Rômulo Musiello, José Augusto Loureiro, Renato Saudino e Sebastião Xoxô, este último falecido no ano passado, nas quais revelam bastidores e relembram fatos que ajudam a remontar a história do teatro no Espírito Santo.
O lançamento do livro “Revolução dos Caranguejos – o Teatro no Espírito Santo durante a Ditadura Militar”, da Editora Cândida, patrocinado pelo Banco Banestes e aberto ao público, contará com coquetel, apresentação de cantor Pedro Demóstenes Monteiro, e distribuição gratuita de exemplares autografados.
O ator e historiador Duílio Kuster Cid
Agenda:
Lançamento do livro "Revolução dos Caranguejos – o Teatro no Espírito Santo durante a Ditadura Militar”
12 de março (sábado)
19 horas
Sede da Folgazões Artes Cênicas, no Centro de Vitória
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