Curso de Artes Cênicas da Universidade Vila Velha realiza Abertura de Processos de Criação Cênica

Colaboração: Rejane Arruda

A Abertura de Processos de Criação Cênica é um evento semestral do curso de Artes Cênicas da Universidade Vila Velha, onde disciplinas e projetos de extensão abrem seus processos de criação através de formatos diferentes.

De 13 a 24 de junho, durante duas semanas, todos os dias das 17h as 22h30 no ANFITEATRO da UVV, acontecerá a quinta edição do evento, com work-in-progress, aulas abertas, bate-papos, mesas redondas, demonstrações de trabalho, cenas, espetáculos, performances, exposições, oferecidos gratuitamente para o publico.

O objetivo é aproximar a universidade da sociedade, levando ao leigo o fazer em Artes Cênicas, permitindo que ele se engaje no processo de constituição da poética teatral e apontando para as Artes Cênicas como um campo de investigação científica, reconhecido por agências de fomento à pesquisa como CNPQ, FAPES, CAPES, FUNADESP, FAPESP.

A primeira Abertura de Processos de Criação Cênica aconteceu em 2014 e desde então vários espetáculos já estrearam neste evento: “Romeu & Julieta”, “Quem Tem Medo de Plinio Marcos?” e “Medeia”, que estão fazendo carreira fora da universidade, além de  “Édipo”, “A Cantora Careca” e “Com Aquelas Canções”.



PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

13/JUNHO
segunda-feira
18h00 – teatro de rua O PASTELÃO E A TORTA - frente ao estudio de tv
18h45 – FESTIVAL DO BOLO - cineteatro
19h30 – work-in-progress PLASTIC BODY - gimnica

14/JUNHO
terça-feira
18h00 – exposição PESQUISAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – área externa do cineteatro
18h45 – FESTIVAL DO BOLO – área externa do cineteatro
19h30 – exposição MAQUETES: ESTILOS CENOGRÁFICOS – área externa do cineteatro
21h15 – mesa redonda A FILOSOFIA SUPORTE DE UM PENSAR TEATRO – prédio branco

15/JUNHO
quarta-feira
18h45 – FESTIVAL DO BOLO – cineteatro
19h30 – O FIGURINO E SUAS LINGUAGENS - cineteatro
21h15 – ALMANAQUE DOS ENCENADORES - cineteatro

16/JUNHO
quinta-feira
18h00 – teatro de rua O REI QUE FICOU CEGO – frente ao estúdio de tv
18h45 – FESTIVAL DO BOLO – cineteatro
19h30 – apresentação de libras CANÇÕES EM LIBERDADE – cineteatro
20h15 – mesa redonda PERSPECTIVAS DO TEATRO DE GRUPO – cineteatro

17/JUNHO
sexta-feira
18h45 – FESTIVAL DO BOLO – estúdio de tv
19h30 – ILUMINA AÇÃO – estúdio de tv
21h15 – AUDIOVISUAL NA CENA – estúdio de tv

20/JUNHO
segunda-feira
17h00 – extensão com cegos VI VER TEATRO - anfiteatro
18h00 – teatro de rua O ESPANTALHO DO MANÉ – frente ao prédio branco
18h45 – FESTIVAL DO BOLO - anfiteatro
20h30 – espetáculo OTELO - anfiteatro

21/JUNHO
terça-feira
18h45 – FESTIVAL DO BOLO - anfiteatro
19h30 – espetáculo A ALMA BOA DE SETSUAN - anfiteatro
21h15 – DESCONSTRUINDO OTELO - anfiteatro

22/JUNHO
quarta-feira
18h00 – RECORTES PERFORMATIVOS DO VS MELINDRES - anfiteatro
18h45 – FESTIVAL DO BOLO - anfiteatro
20h30 – show QUARTACÚSTICA ESPECIAL - anfiteatro

23/JUNHO
quinta-feira
16h30 - I FESTIVAL DE POESIA realizado pelo Vs Melindres - anfiteatro
18h00 – happening ESCRITA DE LIBERDADE - anfiteatro
18h45 – FESTIVAL DO BOLO - Anfiteatro
19h10 – VOCAL HYBRIDITY IN PERFORMANCE - anfiteatro
21h00 – dispositivo de jogo SENTE-SE QUEM PUDER – anfiteatro

24/JUNHO
sexta-feira
16h00 – extensão SURDOS, UM TEATRO EXPRESSIVO - anfiteatro
17h00 – CONCURSO DE JOGOS TEATRAIS - anfiteatro
18h45 – FESTIVAL DO BOLO - anfiteatro
19h30 – CORPUS SUBJECT INVESTIGATION - anfiteatro
21h15 – RELEITURAS DE SHAKESPEARE - anfiteatro

SOBRE CADA ATIVIDADE

Festival do Bolo
Todos os dias às 18h45 estaremos (entre a atividade da tarde e da noite) oferecendo um pedaço de bolo ao publico. A confraternização e o debate informal também fazem parte da consolidação de um discurso que não é sem afeto.

Jogos Teatrais
O Jogo concentra os princípios elementares, se apresentando como potente atividade para a reinvenção, singularização e teorização da prática. É um meio de enlaçamento imediato do ator em formação, uma atividade divertida que contracena com a formação de crianças, jovens e não atores, munindo os estagiários de procedimentos e se constituindo como o fundamento e a base do fazer teatral.

Será apresentado o DISPOSITIVO DE JOGO “SENTE-SE QUEM PUDER”, uma espécie de cartografia ao vivo do princípio do jogo, onde atores escolhem situação e regras para improvisar diante da plateia, e o CONCURSO DE JOGOS TEATRAIS, tribuna livre para os atores reinventarem o jogo. Haverá prêmios para as categorias de “melhor jogo de regras inventadas”, “melhor realização de jogo spoliano” e “melhor jogo televisivo”.

Work-in-progress de corpo e Voz
A pesquisa da corporeidade dilatada e da plasticidade vocal coordenada por Rejane Arruda será demonstrada nos experimentos “PLASTIC BODY” e “VOCAL HIBRITY IN PERFORMANCE”. Os nomes em inglês fazem alusão à internacionalização dos procedimentos, partilhados no mundo acadêmico, relidos, reelaborados, cruzados e desdobrados em sala de aula.

Corpus Subject Investigation
Trata-se de colocar o Corpo como veículo da performatividade em dispositivos cênicos que suportam a grafia, o vídeo, o material plástico, em um formato experimental com os alunos do Quinto Período, coordenados por Rejane Arruda.

Espetáculos
Nesta Abertura estrearão “OTELO”, de Shakespeare, com alunos do Terceiro Período dirigidos por Lara Couto, e a “A ALMA BOA DE SETSUAN”, com dramaturgia de Brecht com direção do Quinto Período de Artes Cênicas sob coordenação também de Lara Couto.

Trata-se de apresentar resultantes cênicas oriundas de processos pedagógicos que primam por procedimentos de pesquisa, proporcionando a essência do teatro através de uma experiência singularizada que resulta, para a formação dos atores, na memória da dilatação extrema, por estarem diante de uma plateia. Assim, abre-se a possibilidade do ator em formação vivenciar uma experiência que extrapola o pensamento transmitido nas aulas.

Exposição de Trabalho
O processo de construção e fundamentação da criação da Voz e Corpo cênicos no espetáculo "Otelo" é revelado no seu passo-a-passo de desmontagem.

Almanaque dos Encenadores
Esta atividade, proposta por Lara Couto, traz à cena os princípios da construção poética dos principais encenadores do Século XX. Trata-se de uma oportunidade para o aluno de Artes Cênicas aprender na práxis, articulando a teoria com a prática, experimentando e reinventando o que os livros e artigos debatem sobre a cultura cênica moderna e contemporânea.

Pesquisas de Iniciação Científica
Sete pesquisas de Iniciação Científica chegarão a publico através de “estruturas tridimensionais” (engenharias), expostas no saguão do Anfiteatro da UVV. Estas pesquisas são desenvolvidas no grupo “A Poética Cênica: Seus Dispositivos e Estratégias de Transmissão” com a orientação da Profa. Dra. Rejane Kasting Arruda com o apoio do CNPQ e FUNADESP.

A iniciação científica é de extrema importância para a consolidação da pesquisa em Artes Cênicas na UVV. Trata-se de introduzir os alunos bolsistas em um discurso investigativo-científico que suporte a prática cênica e aprofundar o que se aponta em sala-de-aula em novos experimentos cênicos, utilizados como método de investigação em Artes Cênicas.

Mesas Redondas
Esta Abertura traz a atriz, encenadora, professora e pesquisadora, doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO, Sara Passabon e o professor da UFES Cesar Huapaya, doutor em Estética Teatral pela Universidade Paris 8, para debaterem “A FILOSOFIA - SUPORTE DE UM PENSAR TEATRO”, mediados pela Profa. Dra. Rejane Arruda.

Na segunda mesa redonda, o ator, diretor, pesquisador, especialista em Teatro-educação pela Capacitar e integrante e fundador da companhia de teatro Folgazões Wyller Villaças, debate com Rejane Kasting Arruda “AS PERSPECTIVAS DO TEATRO DE GRUPO”. A mediação é da Profa. Me. Lara Couto.

A “mesa redonda” é um dispositivo de debate onde pesquisadores convidados tem um tempo para a exposição de suas ideias sobre um determinado tema. Os dois entram em debate, “mediados” por outra figura da mesa: o “mediador”. Em um terceiro momento, as perguntas são abertas para a plateia. O mediador tem, também, a função de provocador e de recortar o que foi dito à guisa de conclusão da mesa.

Recortes Intersemióticos
A Tradução Intersemiótica é um campo que se afirmou como investigação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e se espalhou para cursos de Comunicação do país.

A atividade da “tradução” entre linguagens diferentes (Literatura e Teatro e Cinema e Teatro) é tematizada no curso de Artes Cênicas da UVV por Ivana Esteves através de “Releituras de Shakespeare”.

A Poética do Figurino, Iluminação, Cenografia e Audiovisual na Cena
Figurino, Iluminação, Cenografia e Audiovisual na Cena não são disciplinas periféricas, pois se considera a sua força no Teatro Contemporâneo e seu potencial como campo de investigação da poética cênica. Estas disciplinas passam por procedimentos de Abertura com exposições e bate-papos.

Canções em Liberdade
A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) é oferecida no Primeiro Período por vários motivos: o deparar-se com a necessidade de outra via de comunicação; a relativização do auto-centrismo quando se precisa ajustar as demandas com o outro.

A técnica da Libras, com o seu detalhamento, dilatação, agilidade, ritmo, se traduz como expressão corporal, acrescentando na formação dos atores; abrindo mercado de trabalho como tradutores ou agentes do projeto “Surdos, Um Teatro Expressivo”, hoje em busca de patrocínio e potencialmente um projeto que virá a oferecer bolsas.

Nesta edição, utilizaremos o canto ao vivo traduzido em Libras por um grupo de atores, o que resulta em uma combinação poética potente e utilizada no Teatro Contemporâneo (vide a canção “The Man I Love”, cuja tradução para Libras é utilizada como cena no espetáculo “Nelken” de Pina Bausch).

Teatros em Extensão
O curso de Artes Cênicas comporta vinte e oito projetos de extensão e nesta edição serão apresentados: “SURDOS UM TEATRO EXPRESSIVO”, “VI VER TEATRO” (teatro com cegos) “ESCRITA DE LIBERDADE” (oficina de escrita), “TEATRO COM CRIANÇAS E TEATRO JOVEM”,  “RECORTES PERFORMATIVOS DA VS MELINDRES”.

“SURDOS UM TEATRO EXPRESSIVO” e “VI VE TEATRO” têm o objetivo do experimento teatral com grupos singulares, contribuindo para a constituição do campo teatral e trazendo a poética à cena, através de um fazer marcado pelo “sinal de mais”. Ao invés de trabalharmos a diferença no sentido do “menos” (eles “não” tem algo), conduzimos o trabalho para potencializar (para a cena) o que eles tem “a mais”: a dilatação, a sensibilidade concentrada em certos sentidos mais desenvolvidos, a extra-cotidianidade, a comunicação diferenciada, etc. Trata-se de projetos de inclusão que estão indo para a sua terceira (no caso de “Surdos, Um Teatro Expressivo”) e segunda (no caso de “Vi Ver Teatro”) edição.

“TEATRO COM CRIANÇAS” e “TEATRO JOVEM” visa a contribuição para a formação de sujeitos no ensino médio e fundamental, contribuindo com o seu aprendizado, elaboração subjetiva, socialização e desenvolvimento de capacidades como a autonomia de pensamento, a agilidade na resolução de problemas, a escuta, a criatividade. Nesta edição será apresentado o espetáculo “O Espantalho do Mané”, criado com alunos do ensino médio e fundamental.

“ESCRITA DE LIBERDADE” traz elementos cênicos utilizados para estimular a escrita criativa, procedimentos desenvolvido em atividade de Estagio.

É comum o curso de Artes Cênicas travar parcerias com companhias de teatro em consolidação, pois o trabalho dos alunos nestas companhias servem de estagio, atividades complementares ou pesquisa de iniciação científica. É o que acontece com a Cia Nós de Teatro e a Cia VS Melindres. A CIA NÓS DE TEATRO apresenta os espetáculos de Rua “O Pastelão e a Torta” e “O Rei que Ficou Cego”, desenvolvido em estágios com alunos de escola publica estadual. A CIA VS MELINDRES apresenta um “RECORTE PERFORMATIVO”: performances criadas a partir de princípios transmitidos em sala de aula e experimentados também em atividade de estágio.

Quartacústica Especial
Projeto de extensão do curso de Artes Cênicas da UVV com curadoria da atriz e diretora Rejane Arruda, a QUARTACÚSTICA se consolida como espaço para o lançamento de shows. Com foco na construção de trabalho e estilo próprios, uma vez por mês, uma dupla de alunos de Artes Cênicas apresenta um repertório variado, que vai do blues ao MPB, passando pelo rock e o pop. Na Quartacústica especial todo o elenco se apresenta com uma música cada um, apresentando ao publico o que potencialmente é cada show individual.​


UNIVERSIDADE VILA VELHA
Av. Comissário José D. De. Melo, n. 21, Boa Vista, Vila Velha
Mais informações: rejane.arruda@uvv.br

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